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O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), realizará duas audiências públicas para apresentar à população o projeto de concessão do Complexo Turístico Ferroviário da Estrada de Ferro de Campos do Jordão (EFCJ). A iniciativa visa promover a modernização, preservação e exploração sustentável de um dos destinos turísticos mais emblemáticos da Serra da Mantiqueira.
Detalhes das audiências públicas:
Audiência presencial: Segunda-feira, 19 de maio, às 11h, na Câmara Municipal de Campos do Jordão (Rua Inácio Caetano, nº 1, Centro).
Audiência online: Terça-feira, 20 de maio, também às 11h. O link de acesso será disponibilizado no site da SPI.
Para participar, é necessário preencher os formulários disponíveis no site da SPI. Na página também estão disponíveis mais informações sobre a proposta.
Sobre o projeto de concessão:
A proposta inclui investimentos estimados em R$ 404 milhões para a modernização e operação turística da EFCJ, com duração de 24 anos. O projeto abrange a recuperação de estações, trilhos, parque, museu e infraestrutura turística. A concessionária será responsável por obras, manutenção e gestão do espaço, além do pagamento de outorga ao Estado.
A consulta pública ficará aberta até 23 de junho de 2025. A publicação do edital está prevista para o segundo semestre de 2025.
Histórico da Estrada de Ferro de Campos do Jordão:
Idealizada pelos médicos sanitaristas Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, a EFCJ foi inaugurada em 1914 com o objetivo de facilitar o acesso de pacientes com tuberculose à Serra da Mantiqueira, região com clima favorável ao tratamento da doença. A via liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão, com trens movidos por eletricidade. Sua construção foi autorizada pelo Governo de SP em 1910, e a inauguração ocorreu em 1914. Em 1916, devido a dificuldades financeiras, a sociedade detentora da concessão devolveu a estrada ao governo estadual, que opera desde então. Por longos anos, a estrada foi utilizada para transporte de passageiros e também de cargas, mas em 1977 se tornou exclusiva para o transporte de passageiros. Em 2011, foram feitas obras de modernização e revitalização. Apesar disso, em 2017, por falta de segurança, o trecho de serra parou de funcionar, e em 2021, a estrada foi alvo de furto de cabos e vandalismo, o que acarretou na suspensão do funcionamento.