Busca Busca: a loja que virou febre com preços baixos, filas e influência digital

Por Helen Camargo 12 Visualizações
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Divulgação

Um nome quase desconhecido há poucos anos, mas hoje sinônimo de filas quilométricas, preços imbatíveis e alvoroço nas redes sociais. Esse é o retrato da Busca Busca, rede de lojas de importados criada por Alex Ye, empreendedor de origem chinesa que vem revolucionando o comércio popular no Estado de São Paulo.

A mais recente inauguração da rede, no Centro de São José dos Campos, seguiu o padrão que já virou rotina: público dormindo na fila, vídeos viralizando e um frenesi coletivo para garantir os melhores achados. A loja ocupa o antigo Shopping Faro e já é considerada um dos pontos comerciais mais movimentados da cidade.

Raízes na costura, sucesso no TikTok

Natural de Wenzhou, na China, Alex chegou ao Brasil ainda criança e começou no ramo têxtil. Aos 20 anos, já comandava uma fábrica com 300 funcionários no Brás, em São Paulo. Em 2022, vendeu o negócio, viajou para o exterior e voltou com uma nova proposta: um espaço físico onde importadores vendessem diretamente ao público, cortando intermediários e reduzindo os preços.

O sucesso da Busca Busca ganhou impulso com as redes sociais. Na pele do “Chefe do Benefício”, Alex virou influenciador: testa produtos ao vivo, faz vídeos com gírias virais e aposta no bordão que já virou marca registrada — “Mais barato que a Shopee”.

Modelo de negócio e expansão acelerada

A estratégia é ocupar grandes prédios, como centros comerciais desativados, dividir os espaços com dezenas de lojistas e investir em divulgação orgânica via redes sociais. O resultado são preços até 30% menores do que os do varejo tradicional e grande rotatividade de produtos.

Além do Brás, Santo Amaro e agora São José dos Campos, Alex planeja chegar a 100 lojas físicas até o final de 2025, além de lançar um marketplace atacadista com comissões mais baixas do que as plataformas convencionais.

Propósito social e visão de futuro

Apesar do tom bem-humorado nas redes, Alex reforça o lado social do negócio. Parte da renda de boxes é destinada a projetos sociais e ele planeja lançar a Associação Busca Busca, com foco em formação profissional e ações comunitárias.

A alma do negócio é o benefício. Se não tiver benefício para quem compra, não tem futuro”, costuma dizer.

Enquanto o e-commerce aposta na conveniência, Alex Ye aposta no toque humano. E a cada loja inaugurada, o “Chefe do Benefício” mostra que a experiência de compra presencial pode sim ser reinventada — com sotaque chinês, alma brasileira e espírito de rede social.

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