O Governo do Estado de São Paulo obteve a aprovação da carta-consulta do projeto SuperAção SP pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), passo decisivo para viabilizar uma nova operação de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O aval permite a captação de US$ 100 milhões adicionais, que irão reforçar as ações de combate à pobreza e inclusão produtiva em todo o estado.
O investimento total previsto é de US$ 102,9 milhões, sendo US$ 82,3 milhões financiados pelo BID e US$ 20,6 milhões de contrapartida do governo paulista. O prazo de desembolso será de 60 meses. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS), responsável pelo projeto em articulação com a Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz-SP), esta é a primeira vez em cerca de 20 anos que a pasta recebe recursos de organismos multilaterais.
Segundo o governo, a aprovação do financiamento internacional é um reconhecimento da inovação do SuperAção SP, que reúne 29 políticas públicas em uma estratégia integrada para romper o ciclo da pobreza, promover autonomia das famílias e oferecer inclusão produtiva.
“Estamos falando de um investimento que não apenas garante recursos, mas traz também experiência, conhecimento e articulação internacional para transformar a vida das famílias paulistas”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém.
Como funciona o SuperAção SP
O programa oferece diagnóstico personalizado, capacitação, suporte financeiro temporário e conexão com o mercado de trabalho. O acompanhamento é feito por agentes especializados, que realizam visitas domiciliares e elaboram planos de desenvolvimento individualizados para cada família, com duração de até dois anos.
As famílias podem receber auxílios financeiros, bonificações por metas cumpridas e acesso facilitado a serviços nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social e geração de renda. O atendimento é dividido em duas trilhas:
Proteção Social, voltada a famílias com barreiras severas de inclusão (como dependência de cuidados, idade avançada ou baixa escolaridade);
Superação da Pobreza, para quem tem perfil ativo para o mercado de trabalho.
A primeira fase do programa já está em andamento em 48 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Baixada Santista, selecionados com base em indicadores de pobreza, PIB local e taxa de ocupação.
Com o apoio técnico do BID, o governo espera ampliar a cobertura e fortalecer a governança do programa, garantindo monitoramento constante, avaliação de impacto e sustentabilidade de longo prazo.