Prefeito de Aparecida cobra mudanças no estacionamento do Santuário e defende taxa turística para enfrentar congestionamentos

As mudanças no sistema de estacionamento do Santuário Nacional e a criação de uma taxa turística voltaram ao centro do debate em Aparecida após um pronunciamento do prefeito Zé Louquinho (PL). O chefe do Executivo municipal afirmou que a cidade enfrenta congestionamentos recorrentes nas entradas e saídas, especialmente nos fins de semana e em feriados religiosos, e cobrou providências do Santuário e de órgãos públicos.

Segundo o prefeito, os pontos mais críticos estão nas avenidas Getúlio Vargas e Itaguaçu, que margeiam o Santuário Nacional, com reflexos diretos no tráfego urbano e até na rodovia Presidente Dutra. De acordo com ele, moradores, comerciantes e turistas sofrem com “travas” constantes no trânsito. “Todo final de semana, quase todo dia, tá travando as entradas de Aparecida”, afirmou.

Zé Louquinho também mencionou filas e congestionamentos que, segundo ele, se estendem a municípios vizinhos, como Pindamonhangaba, em dias de grande movimentação religiosa. Para o prefeito, parte do problema está na logística de acesso e saída dos estacionamentos do Santuário Nacional.

Entre as soluções apontadas, ele defendeu a revisão do modelo atual de cobrança do estacionamento, sugerindo que o pagamento seja feito na entrada, e não na saída, ou a adoção de um sistema automatizado semelhante ao free flow utilizado em pedágios. “Precisa mudar o sistema do Santuário Nacional”, declarou.

O prefeito afirmou ainda que há discussões em andamento para avaliar alternativas legais e operacionais, incluindo tratativas na Justiça Federal, com o objetivo de melhorar o fluxo de veículos e o atendimento aos visitantes. Até o momento, o Santuário Nacional não se manifestou sobre as declarações.

Além das mudanças no estacionamento, Zé Louquinho voltou a defender a criação de uma taxa turística — chamada por ele de “taxa ambiental” — como forma de garantir recursos para investimentos em mobilidade urbana, recapeamento, limpeza, zeladoria e a construção de bolsões de estacionamento. Segundo o prefeito, o município arca com os custos gerados pelo turismo intenso, enquanto a arrecadação fica concentrada em outros setores.

O prefeito cobrou dos vereadores a tramitação do projeto que institui a taxa, afirmando que a proposta precisa ser votada até o fim do ano para ter validade no próximo exercício. Ele também citou a necessidade de obras estruturais, como ampliação de faixas na Dutra, melhorias nos acessos e a criação de uma avenida marginal para desafogar o trânsito interno da cidade.

De acordo com Zé Louquinho, sem investimentos e mudanças estruturais, Aparecida continuará enfrentando dificuldades para absorver o grande volume de visitantes que chegam ao município ao longo do ano.

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