Fundada em 14 de março de 1925, a Tecelagem Parahyba representa um dos grandes marcos da industrialização na cidade de São José dos Campos. A primeira unidade da fábrica contava com galpões de seis mil metros quadrados e, em julho de 1927, já tinha uma produção mensal de 60 mil cobertores.
Anos mais tarde, entre 1953 e 1956, a fábrica foi ampliada e passou a ter 60 mil metros quadrados de área construída. Com prestígio internacional, a fábrica teve influência social, econômica e cultural no município, sendo até hoje parte fundamental da história de São José, que completa 254 anos nesta terça-feira (27).
Resgatando a história deste marco industrial, o espaço da antiga Tecelagem Parahyba é mantido, atualmente, pelos antigos trabalhadores da tecelagem que herdaram as instalações e fundaram a Coopertêxtil, uma cooperativa de produção têxtil que vem gerando postos de trabalho na cidade e sendo casa de projetos inovadores na área. Um exemplo destes projetos são as Meias do Romeiro – produto direcionado aos devotos de Nossa Senhora Aparecida. As meias, produzidas no complexo, contam com tecnologia anti bolhas e oferecem conforto para longas caminhadas. Para Celso Arroyo, idealizador deste projeto, utilizar parte do espaço da antiga tecelagem para produzir é motivo de bastante satisfação. “Além de estarmos ocupando um espaço histórico da cidade, o que já traz grande valorização aos nossos projetos, temos todo o apoio da cooperativa para continuar inovando e criando novas oportunidades de trabalho”, contou.
A Tecelagem Parahyba encerrou suas atividades em 1993, depois de 70 anos no controle do mercado nacional na fabricação de tecidos e fiação de lã. Hoje, quem continua o processo produtivo dos cobertores é o grupo de antigos funcionários, representados pela cooperativa. O espaço atual continua sendo local de histórias e memórias, mas também busca se reinventar para conquistar mais resultados e gerar mais oportunidades aos cooperados no presente e no futuro.
Paulo Roberto Palmeira, diretor da Coopertêxtil, garante: “Nosso propósito é honrar toda a trajetória construída nos espaços da fábrica, estimulando a produção e fomentando o cooperativismo da região. Além disso, temos um projeto voltado à qualificação da mão de obra, pensando sempre em contribuir com cada trabalhador cooperado e com o crescimento da cidade”.