O Porto de São Sebastião segue avançando na dragagem de manutenção do berço 101, obra considerada essencial para garantir a eficiência e a segurança das operações. De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a intervenção já retirou 22 mil metros cúbicos de sedimentos, o que representa 40% do volume total previsto. A conclusão está programada para outubro.
A obra é executada pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), com autorização do Ibama, e cumpre todas as exigências ambientais. O objetivo é restabelecer a profundidade operacional mínima de 10 metros no berço de atracação, condição necessária para manter a regularidade e a previsibilidade das operações portuárias.
“Com a dragagem, mantemos o terminal em plenas condições de atender à demanda com eficiência, segurança e responsabilidade ambiental”, afirmou o presidente da CDSS, Ernesto Sampaio.
Os sedimentos retirados são depositados no Dique de Contenção, área interna do porto destinada exclusivamente a esse material. Segundo a companhia, a prática é sustentável, já que os sedimentos não apresentam contaminação e podem ser reaproveitados.
A dragagem é necessária para compensar o assoreamento natural causado por chuvas, ventos, correntes marítimas e movimentação de navios. O serviço garante que o porto continue apto a escoar cargas do Litoral Norte e a operar plenamente no berço 101.
Movimentação em alta
O avanço da obra ocorre em um momento de forte atividade no terminal. No primeiro semestre de 2025, o Porto de São Sebastião movimentou 858 mil toneladas de cargas. Em julho, o berço principal registrou 97% de ocupação, com 166 mil toneladas – o maior volume para o mês desde 2018. Entre os produtos mais transportados estão açúcar a granel e barrilha, além do trigo, que teve passagem excepcional pelo terminal.