O Governo de São Paulo deve implementar mudanças na forma como é realizado o serviço de remoção, guarda e leilão de veículos no Estado. A proposta, elaborada pela Secretaria de Parcerias em Investimentos, prevê a concessão do serviço em um modelo que une padronização, transparência e práticas ambientais sustentáveis.
Hoje, o sistema é descentralizado, com 42 pátios ligados ao DER, 34 convênios municipais e outros 163 sem vínculo formal com o Detran-SP. Essa fragmentação gera diferenças em taxas e condições de atendimento. Pelo novo modelo, o Estado será dividido em sete lotes regionais, abrangendo os 645 municípios, com a gestão dos pátios entregue a concessionárias. A fiscalização ficará a cargo da Arsesp, Detran e DER.
Entre as exigências previstas estão o manejo adequado de resíduos, fluidos e carcaças, além do uso racional de água e energia e medidas de controle contra zoonoses. A ideia é transformar os pátios em espaços mais seguros, padronizados e ambientalmente responsáveis.
Outra inovação será a implantação de plataformas digitais para rastreamento de veículos, canais de atendimento online e mais transparência nos leilões, que poderão ser acompanhados presencialmente ou pela internet. Desde julho de 2024, milhares de veículos já foram leiloados, em processos conduzidos por leiloeiros credenciados.
O projeto passou por consulta pública e oito audiências realizadas em diferentes regiões do Estado. Agora, segue em fase de ajustes antes da publicação do edital, prevista para o segundo semestre de 2025.
A expectativa do governo é que a iniciativa traga ganhos ambientais, maior eficiência no trabalho dos agentes de trânsito e melhorias no atendimento ao cidadão.
